As alfaiatarias na PM da Paraíba eram oficinas destinadas a confeccionar o fardamento da própria corporação. Todas as peças, inclusive os calçados e coberturas eram fabricados nessas oficinas, que, por vezes, também faziam roupas ou sapatos para familiares dos policiais com preços subsidiados.
Durante muito tempo, até o início da década de 1970, o fardamento, inclusive os sapatos e coturnos, da Polícia Militar era confeccionado na própria Corporação. Para esse fim existia um setor denominado de Estabelecimento de Fardamento e Equipamento, (EFE) que além do fardamento também fazia trabalhos de marcenaria, carpintaria, serralharia e construção civil, através dos serviços de pedreiros, pintores, eletricistas e encanadores, através dos serviços de pedreiros, pintores, eletricistas e encanadores.
Os policiais que exerciam essas funções eram classificados em um quadro específico, com previsão de vagas de 3º Sargento à Capitão. Como existiam poucos policiais com essas habilidades e o Quadro de Especialista tinha muitas vagas, a carreira dos artífices, como eram denominados esses profissionais, era muito rápida.
As oficinas eram no prédio do Quartel do Comando Geral, onde atualmente está sediado o 1º Batalhão. Esse pessoal fazia móveis, grades e portões, assim como reformas e ampliações dos Quartéis.
Um dos especialistas mais conceituados desse Quadro era o Alfaiate, uma vez que a confecção das túnicas e dos quepes, com todos os seus adereços, exigia habilidades especiais. O Tenente José de Brito da Silva foi, por longos anos, Chefe da Alfaiataria, onde prestou levantes serviços à Corporação.
Veja também A PM da Paraíba no período do Estado NovoTenente José de Brito da Silva - Chefe da Alfaiataria da PM - Década de 1960