O Limite de Idade para o Ingresso nas Polícias Militares tem sido objeto de preocupação por parte dos dirigentes dessas corporações e dos estudiosos dessa questão, ao longo dos últimos anos. Esse tema ganhou maior importância com o advento das recentes reformas das normas referentes a previdência social, que ampliou o tempo mínimo de serviço para a passagem para inatividade desses profissionais e os resultados preocupantes das pesquisas sobre a expectativa de vida dos policiais militares.
No cenário que se projeta, poderá ocorrer de muitos policiais militares ultrapassarem os 60 anos de idade (podendo chegar até os 70), ainda no serviço ativo. Ou seja, discute-se, se esses profissionais, em situações dessa natureza, estariam em condições físicas e mentais de exerceram essas atividades e quais os reflexos que isso acarretaria para a segurança pública.
Em razão de fatores dos mais diversos, como a evolução do crime em todas as suas formas de manifestação, a rotina operacional da Polícia Militar fica a cada dia mais estressante.
É possível que em um futuro próximo o estado possa dispor de meios técnicos que venham a reduzir a necessidade de uso de esforço físico e destreza corporal dos integrantes do sistema de segurança pública, pelo menos na intensidade com que atualmente essas habilidades são regularmente aplicadas. Mesmo que tal avanço seja alcançado, por certo o crime encontrará meios de continuidade e outras formas de stress policial advirão.
O tema, é, pois, de elevada e atual importância para os dirigentes dessas corporações e de toda sociedade, destinatária do serviço prestado por esses profissionais.
O Tenente Coronel Onivan Elias de Oliveira, da PM da Paraíba, que há alguns anos vem pesquisando essa questão e outros temas conexos, em um abalizado artigo expõe dados científicos sobre a matéria, que pela sua relevância, a seguir publicamos.




