O Comando do Coronel Glauber Cabral e a criação da Rádio Patrulha na Paraíba.

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5. A aquisição da escada Magirus.

 Em dezembro de 1973 o Governo Federal liberou 2 milhões de Cruzeiros para o Estado adquirir veículos e equipamentos para a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, além de equipamentos para a Polícia Técnica e construções de Quarteis.

 Com esses recursos foi adquirido um Veículo conhecido como Escada Magirus, de fabricação Alemã, para o Corpo de Bombeiros, que custou Cr$ 900.000,00, portanto praticamente metade dos recursos liberados. Atualmente um veículo desse custa aproximadamente 4 milhões de Reais.  O Corpo de Bombeiros recebeu ainda 5 Caminhões Autos Bombas e 5 Auto Tanques, e Veículos de Salvamento, além de farta quantidade de equipamentos.

Foi criado e estruturado o Serviço Técnico de Engenharia no Corpo de Bombeiros, e baixadas normas para o seu funcionamento. O então Capitão Arnaldo da Silva Costa foi o encarregado de implantar esse serviço.

Foram ainda adquiridos 6 Camionetes Chevrolet que  foram postas a serviço das atividades administrativas, inclusive dos batalhões do interior.

Foi comprada também uma Viatura de representação, tipo Veraneio, para transporte do Comandante e uma do tipo Rural para transporte de pessoal.

Para complementar a frota de Rádio Patrulha de João Pessoa e Campina Grande, foram adquiridos veículos Wolkswagen tipos TL e Variante, que eram utilizados para transporte de presos.

 Seis veículos Jipolas wilys, adquiridos no Comado do Coronel Ozanan, devidamente equipados com Rádios Transceptores, também foram utilizados nesses serviços. As Viaturas Veraneios só foram adquiridas no Comando seguinte.

6. A capacitação de recursos humanos

Em relação à capacitação dos recursos humanos, o Comando do Coronel Glauber seguiu a mesma política do Comando anterior, do Coronel Ozanan de Lima Barros,  o que já foi objeto de um vídeo nessa série.

Assim, foram realizados cursos regulares da corporação e Cursos de especialização sobre temas relacionados aos interesses administrativos ou operacionais, o que foi feito em outras corporações.

Durante esse comando, 12 Oficiais fizeram o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, 10 Frequentaram o Curso Superior de Polícia e foram formados 24 novos Oficiais.

    Na área de especialização foram realizados os seguintes cursos:

-  Técnico de Bombeiros, que foi frequentado pelos Tenentrs João Batista de Souza Lira,  Afonso Gomes de Carvalho, Maurício de Souza Lima e o Severino Francisco de Oliveira

-   Assessoramento de Estado Maior realizado pelo Major Jorge Pereira de Lucena e pelo Capitão Ambrósio Agrícola.

-  Comunicações Operacionais feito por  Capitão Hélio Leite de Albuquerque

- Manutenção de Armamento que habilitou o Tenente Hamilton Matos

- Educação Física frequentado por pelo Tenentes Francisco Martins  e Ernani Freitas

- Operações na selva para o qual foi encaminhado o Tenente  Deuslírio Pires de Lacerda.

- e Psicotécnico Militar, realizado pelo Tenente Coronel Nilton de Araújo Leite.

Para a seleção ao Curso de Formação de Oficiais, até 1972 era exigido o curso ginasial, e a partir de 1973 essa exigência passou a ser o curso colegial. Até então os currículos do CFO, ministrados nas Escolas de Formação de Oficiais, eram equivalentes ao que atualmente é denominado e segundo grau.

Com a exigência de segundo grau na seleção,  o CFO, agora Ministrado em Academias, teve o currículo mudado e passou a  corresponder a curso de terceiro grau.

Em relação à capacitação de Praças, foram realizados cursos de Soldados, Cabos, Sargentos e Aperfeiçoamento de Sargentos, na área operacional e nas diversas especialidades administrativas.

7. A Organização básica da PM

 Até 1969 todo Estado era policiado por dois Batalhões. O 1º BPM atuava em todo litoral e no brejo. O restante do estado era policiado pelo 2º BPM, sediado em Campina Grande. Em 1969 foi criado um Batalhão que foi denominado de Batalhão Especial de Polícia, (conhecido por BEP) e ficou instalado no Quartel da Praça Pedro Américo, que já sediava o 1º BPM e o Comando Geral. Essa nova Unidade passou a executar todas as modalidades de policiamento da Capital.

 Assim, no dia 2 de fevereiro de 1972 foi inaugurado o Quartel de Guarabira e para ali foi transferido o 1º BPM, que continuou com a mesma missão, ou seja, o policiamento nas cidade do brejo e parte do litoral.  O Tenente Coronel Pedro Belmont foi o primeiro Comandante dessa Unidade, nessa nova instalação.

Pouco depois o BEP assumiu também o policiamento das demais cidades do litoral, ficando o 1º BPM policiando só as cidades do brejo.

No dia 19 de dezembro de 1973 foi inaugurado o Quartel de Patos e nele foi instalado o 3º Batalhão, criado em 1961. Todo efetivo dos Destacamentos das cidades do sertão, passou a integrar essa nova Unidade. O primeiro Comandante dessa Unidade foi o Tenente Coronel Geraldo Gomes da Silva.

 Assim, o Estado passou a ser policiando da seguinte forma:

 - A Capital e o litoral eram policiados pelo BEP;

 -  O brejo pelo 1º BPM, sediando em Guarabira,

 - A região central do Estado, pelo 2º BPM, sediado em Campina Grande,

 - e o sertão pelo 3º BPM, com sede em Patos.

Essa situação perdurou até o final do Comando de Glauber, mas em 20 de agosto de 1975, os Batalhões receberam nova denominação, passando o 1º BPM, que estava sediado em Guarabira a ser denominado  de 4º Batalhão, e o BEP, que estava sediado em João Pessoa passou a ser denominado de 1º BPM. Os 2º e 3º,  Batalhões permaneceram , com as mesmas denominações, com as mesmas denominações.

8. Atividades de integração com a sociedade

 Naquela época as atividades de Relações Públicas, que começavam a se desenvolver no país, eram mais valorizadas.  Nesse contexto um grupo de Oficiais e Praças da Corporação participou de um Curso de Relações Públicas, promovido pelo Centro de Relações Públicas do Estado, realizado no Teatro Santa Rosa.   Com o mesmo fim todos os Oficiais prontos na Capital participaram de uma Palestra sobre esse tema realizada na Reitoria de Universidade Federal da Paraíba, proferida pelo Brigadeiro Márcio Leal Coqueiro.

Seguindo orientações da doutrina recomendada pele IGPM, as Policiais militares buscavam desenvolver atividades destinadas a promover uma melhor integração com a sociedade civil.

Na Paraíba se buscou esses objetivos através da realização de atividades tais como:

  -  Promoção de Colônias de Férias com visitas aos Quartéis;

 -  Realização de Palestras em Colégios sobre grandes vultos nacionais;

 - Palestras na Rádio Tabajara durante as comemorações do aniversário da corporação;

 - Promoção de festas juninas no Centro de Instrução, destinadas aos familiares dos policiais e

 -  Celebração da Missa de Natal em frente ao Quartel.

9. Passagem de Comando

Com o término do Governo de Ernani Sátiro, em 15 de março de 1979, o Coronel Glauber Cabral de Vasconcelos, dois dias depois passou o comando da Corporação para o Coronel Adolpho Fernandes de Lira Maia, também Oficial do Exército, no dia 17 de março de 1979.

 Conforme o que aqui foi aqui exposto, o Coronel Glauber Cabral de Vasconcelos prestou relevantes serviços à Polícia Militar da Paraíba, contribuindo para o seu desenvolvimento material, e iniciando a implantação dos modernos serviços de policiamento, além de dotar o Corpo de Bombeiros dos meios básicos para a consecução dos seis fins.

   É, pois, como dever de justiça, que registramos nossas homenagens e gratidão ao Coronel Glauber Cabral de Vasconcelos.

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