
Como Comandante Geral, o Tenente Coronel Elísio, profundo conhecedor das necessidades de uma maior efetivação da presença da Polícia Militar no sertão paraibano, propôs e foi aceito pelo Governador, a criação de uma Unidade Operacional na cidade de Patos, de onde partiram as forças destinadas a combater o famigerado banditismo na região. Nessa época, o Tenente Coronel Elísio exerceu, cumulativamente, as funções de Comandante do 1º Batalhão.
Em 1926, quando a Coluna Prestes, em sua peregrinação pelo Brasil, percorreu o território paraibano, a Força Pública Estadual, sob o Comando do Tenente Coronel Elísio, teve oportunidade de mostrar mais uma vez o seu valor. Dirigindo pessoalmente as tropas do alto sertão, o Tenente Coronel Elísio pôs em prática seu talento para comandar. Depois de diversos combates, com mortes de ambos os lados, a Coluna Prestes retirou-se da Paraíba, deixando um rastro de sangue, e amargando alguns reveses.
Quando se encontrava em Cajazeiras, comandando as ações contra a Coluna Prestes, o Tenente Coronel Elísio recebeu o comunicado que foi escolhido por lideranças políticas de Alagôa Grande, como seu Chefe Político.
Em 1928, o Tenente Coronel Elísio foi designado pelo Presidente João Pessoa, para a função de Assistente Militar, função que exerceu até 1930, quando voltou a comandar a Polícia Militar, que havia iniciado os combates contra os amotinados de Princesa, que sob o Comando do Deputado Estadual José Pereira, e com o apoio do Presidente da República, pretendiam promover a intervenção Federal na Paraíba.
Mais uma vez o equilíbrio, a coragem pessoal, a capacidade de liderança, a lealdade, e a inata aptidão para a luta, consagraram o Tenente Coronel Elísio, que, inspirado pelo entusiasmo e espírito cívico do Presidente João Pessoa, dirigiu com acerto os destinos da Polícia Militar durante esse episódio, que se constitui na mais brilhante pagina da história da Corporação.
Findos os combates de Princesa, teve início a Revolução de Outubro, que depôs Washington Luís, e instituiu a Nova República, dirigida por Getúlio Vargas.
Nesse movimento, de nível nacional e que no Nordeste teve início na Paraíba, a Força Pública Estadual, integrada à Tropas Federais, deu mais uma prova de seu valor. Dadas às peculiaridades do movimento, o Tenente Coronel Elísio foi comissionado Coronel Revolucionário e assumiu o comando de um Grupo de Batalhão de Caçadores, integrado por Tropas Federais e Estaduais, e que teve destacada atuação em Pernambuco, Alagoas e Bahia. Era o velho herói da briosa Corporação Paraibana, prestando serviços a uma causa nacional.
Serenados os ânimos do movimento revolucionário, o Tenente Coronel Elísio, posto a que retornou após a Revolução, voltou às funções de Assistente Militar, desta feita do Interventor Antenor Navarro.
Por nomeação do Governador Argemiro de Figueiredo, em 1935, nosso herói torna-se Interventor de Alagôa Grande, onde exercia a chefia política desde 1922
Em 1938, Elísio Sobreira, foi reformado no Posto de Tenente Coronel e dois anos depois, foi convocado para o serviço ativo, e promovido a Coronel (até então na PM só existia até o Posto de Tenente Coronel, sendo o primeiro da Corporação a ocupar esse Posto, e designado pelo Interventor do Estado, para mais uma vez Comandar a Polícia Militar. Nesse mesmo ano, deixou o Comando da PM para exercer as funções de Assistente Militar, e posteriormente foi nomeado Prefeito de Pombal.
No dia 13 de maio de 1942, em João Pessoa, faleceu nosso herói, aos 64 anos de idade, dos quais 35 dedicados à Polícia Militar.
Reconhecendo todos os méritos de que o Coronel Elísio Sobreira foi possuidor, o Governador Flávio Ribeiro assinou o Decreto nº 1.238, datado de 10 de outubro de 1957, escolhendo o nome desse herói, como o Patrono da Polícia Militar da Paraíba.
Flávio Ribeiro conheceu Elísio em 1924, quando era Vice-governador de Solon de Lucena, e Elísio era o Comandante da Polícia Militar, portanto conheceu toda a sua heroica trajetória.
Por força do Decreto Nº 15.489, de 9 de agosto de 1993, assinado pelo Governador do Estado, Ronaldo da Cunha Lima, e apresentado pelo Comandante Geral da PMPB, Coronel PM João Batista de Sousa Lira, a Polícia Militar da Paraíba comemora, no dia 20 de agosto, o Dia consagrado ao seu Patrono - Coronel Elísio Sobreira.
Ainda no dia 9 de agosto de 1993, pelo Decreto 15.503, foi criada a Medalha Elísio Sobreira, que se destina a homenagear pessoas que tenham prestado elevadas serviços à Polícia Militar,
Embora seja meu avô. O fato de ser chamado de revolucionário é um exagero. Ele seria um golpista. Seguia as ordens de João Pessoa, quando ocorre a Ditadura Vargas, ele como militar devia seguir as ordens do Estado Novo. Revolucionários de fato seria a coluna Prestes que rompeu com o tenentismo, Vargas e saíram pelo Brasil profundo e um dos braços da coluna Prestes foi combatido pelo meu avô. Outro fato não explicitado no texto acima é os jagunços que lutaram por Princesa fora duramente punidos, não foi uma mera rendição, mas um tribunal sem juízes. Uma revolução verdadeira é… Leia Mais »