Ideologia Cruel à Segurança Pública, é o título de um artigo da lavra de Arnaldo da Silva Costa, Coronel Reformado da Polícia Militar da Paraíba e Pós-graduado em Ciência Política e em Geopolítica. Nesse texto, Arnaldo Costa questiona a falta de apoio aos os integrantes das Forças de Segurança, por parte dos entes estatais e da sociedade.
Buscando a possível causa dessa situação, o autor envereda por uma análise de ordem ideológica, o que o faz por meio da metáfora de um sonho, no qual ele compara a situação política do Brasil com a Venezuela, concluindo que estamos vivendo os efeitos de uma Ideologia Cruel à Segurança. É esse artigo que a seguir transcrevemos.
Ideologia Cruel à Segurança Pública, é o título de um artigo da lavra de Arnaldo da Silva Costa, Coronel Reformado da Polícia Militar da Paraíba e Pós-graduado em Ciência Política e em Geopolítica.
Ideologia Cruel à Segurança Pública
Arnaldo da Silva Costa
Somos profissionais qualificados de uma Força de Segurança constante da Constituição Federal, muito embora o seu Artigo 144 não represente muita coisa para a Instituição, para os seus integrantes e muito menos para a população.
Ora, somos de uma Força de Segurança responsável em proteger a sociedade em sua integridade física e patrimonial, até com o risco da própria vida. Isso não é exagero!
Qual o apoio ou prestígio que recebemos dos segmentos pertinentes? Quais sejam: o Governo em suas esferas Executivo, Legislativo e Judiciário? Praticamente nenhum!
E qual o apoio da imprensa, da classe artística, dos tidos intelectuais e do povo em geral? Igualmente nenhum!
Todos esses segmentos, além da falta de apoio ou prestígio esperado, chegam a prejudicar os seus profissionais de segurança. Isso em um país razoavelmente sério, pareceria surreal, mas é a pura realidade. Ou alguém tem alguma ressalva a fazer?
Somos de uma organização multifuncional ou como diria um grande estudioso em polícia: “A PM é uma organização onipresente”.
Ao mesmo tempo em que presta garantia a grandes eventos, pode estar em busca de bandidos pelas favelas ou periferias da cidade. Enquanto estar controlando o trânsito, ao tempo em que garante a segurança externa de presídios. Enquanto protege o acesso de escolas, pode estar numa emergência, prestando socorro a uma parturiente. E assim por diante...
Gente, não é para assustar ninguém. Só estou relatando um sonho em forma de filme, fruto do meu inconsciente que se passa na antiga província da Amersul em um país distante, bem distante, chamado Brazuela.
Brazuela, país maravilho, com tantos recursos naturais e de um povo alegre, mas recheado de políticos da pior espécie que se vendem por quaisquer 30 moedas, existindo até alguns que enchem malas ou enchem suas cuecas. Repito: o filme é de ficção com cenas bizarras, tristes e até vergonhosas.
E o pior é que mesmo com todos esses percalços, riscos e sacrifícios, profissionais dessa Força frequentemente são levados a se humilharem diante do Alcaide em busca do cumprimento dos seus direitos, negados ou procrastinados.
Como se não bastasse todo esse imbróglio, esses mesmos os profissionais são obrigados a prestar reverência às autoridades nativas que se orgulham em serem comunistas – pasmem – ou seus companheiros que visitam a Brazuela. Para alguns, são obrigados, mas para outros o fazem pelo puro espírito de bajulação ou de covardia!
Diante desse filme, vem a pergunta fatal: vale a pena ser da Força de Segurança da Brazuela e se esforçar por ela em benefício da sociedade, sociedade esta que não lhe dá a mínima?
Cel. Arnaldo Costa - Pós-graduado em Ciência Política e em Geopolítica
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